Riscos que estão à nossa volta

Consumo de açúcar, deficiência de ferro, poluição atmosférica e ruídos: “armadilhas” relacionadas a inúmeras doenças O surgimento de doenças crônicas na meia-idade não é uma mazela que se restringe ao Brasil. Estudo britânico que acompanha 17 mil pessoas nascidas na Inglaterra, Escócia e no País de Gales divulgou sua última atualização em agosto e os dados foram desanimadores: um em cada três indivíduos perto dos 50 anos era portador de alguma doença crônica e, nesse grupo, 34% tinham duas ou mais enfermidades. Esse é um grande desafio para a longevidade: como viver muito com qualidade? Contornar algumas “armadilhas” que estão à nossa volta pode ser um primeiro passo. Redução no consumo de açúcar diminuiria a incidência de doenças cardiovasculares e diabetes Edward Lich para Pixabay Quem acompanha esse blog sabe como abordo insistentemente a importância do exercício como ferramenta poderosa para nos manter saudáveis, mas hoje não vou tratar disso. Reuni três pesquisas sobre riscos que nos cercam, para que sirvam de reflexão sobre como nos proteger. A primeira mostra que, somente nos EUA, cortar o equivalente a 20% do açúcar nos alimentos industrializados e 40% nas bebidas poderia prevenir quase 2.5 milhões de eventos cardiovasculares (o que inclui infartos e derrames); 490 mil mortes por problemas cardiovasculares; e 750 mil casos de diabetes da população adulta daquele país ao longo da sua existência. “O açúcar é o aditivo mais óbvio a ser reduzido para quantidades razoáveis”, afirmou Dariush Mozaffarian, coautor do trabalho e reitor da escola de nutrição da Tufts University. E acrescento: se não há uma política pública nesse sentido, faça sua parte e diminua substancialmente o consumo. O segundo estudo, divulgado pela Sociedade Europeia de Cardiologia, apontou que aproximadamente 10% dos novos casos de doença coronariana ocorridos no intervalo de uma década, a partir da meia-idade, poderiam ser evitados se fosse corrigida a deficiência de ferro que os pacientes apresentavam. O levantamento contou com mais de 12 mil pessoas, com idade média de 59 anos, sendo 55% delas mulheres, e mostra como é importante manter uma alimentação saudável e fazer exames regularmente. Aliás, eleja o feijão como um dos grandes aliados da sua dieta! Por fim, mas igualmente relevante: de acordo com a revista científica da American Heart Association, a exposição à poluição e a ruídos faz mal para o coração. O artigo detalha pesquisa que acompanhou, durante 20 anos, cerca de 22 mil enfermeiras dinamarquesas acima dos 44 anos, avaliando o impacto dessas variáveis ambientais na saúde. “Ficamos surpresos como os dois fatores ambientais, a poluição atmosférica e o barulho das ruas, interagiram. A poluição tem mais peso na incidência de falência coronariana, mas as mulheres expostas aos dois fatores foram as que apresentaram maior incidência do problema”, disse Youn-Hee Lim, autor sênior do estudo e professor da University of Copenhagen.

Riscos que estão à nossa volta

Consumo de açúcar, deficiência de ferro, poluição atmosférica e ruídos: “armadilhas” relacionadas a inúmeras doenças O surgimento de doenças crônicas na meia-idade não é uma mazela que se restringe ao Brasil. Estudo britânico que acompanha 17 mil pessoas nascidas na Inglaterra, Escócia e no País de Gales divulgou sua última atualização em agosto e os dados foram desanimadores: um em cada três indivíduos perto dos 50 anos era portador de alguma doença crônica e, nesse grupo, 34% tinham duas ou mais enfermidades. Esse é um grande desafio para a longevidade: como viver muito com qualidade? Contornar algumas “armadilhas” que estão à nossa volta pode ser um primeiro passo. Redução no consumo de açúcar diminuiria a incidência de doenças cardiovasculares e diabetes Edward Lich para Pixabay Quem acompanha esse blog sabe como abordo insistentemente a importância do exercício como ferramenta poderosa para nos manter saudáveis, mas hoje não vou tratar disso. Reuni três pesquisas sobre riscos que nos cercam, para que sirvam de reflexão sobre como nos proteger. A primeira mostra que, somente nos EUA, cortar o equivalente a 20% do açúcar nos alimentos industrializados e 40% nas bebidas poderia prevenir quase 2.5 milhões de eventos cardiovasculares (o que inclui infartos e derrames); 490 mil mortes por problemas cardiovasculares; e 750 mil casos de diabetes da população adulta daquele país ao longo da sua existência. “O açúcar é o aditivo mais óbvio a ser reduzido para quantidades razoáveis”, afirmou Dariush Mozaffarian, coautor do trabalho e reitor da escola de nutrição da Tufts University. E acrescento: se não há uma política pública nesse sentido, faça sua parte e diminua substancialmente o consumo. O segundo estudo, divulgado pela Sociedade Europeia de Cardiologia, apontou que aproximadamente 10% dos novos casos de doença coronariana ocorridos no intervalo de uma década, a partir da meia-idade, poderiam ser evitados se fosse corrigida a deficiência de ferro que os pacientes apresentavam. O levantamento contou com mais de 12 mil pessoas, com idade média de 59 anos, sendo 55% delas mulheres, e mostra como é importante manter uma alimentação saudável e fazer exames regularmente. Aliás, eleja o feijão como um dos grandes aliados da sua dieta! Por fim, mas igualmente relevante: de acordo com a revista científica da American Heart Association, a exposição à poluição e a ruídos faz mal para o coração. O artigo detalha pesquisa que acompanhou, durante 20 anos, cerca de 22 mil enfermeiras dinamarquesas acima dos 44 anos, avaliando o impacto dessas variáveis ambientais na saúde. “Ficamos surpresos como os dois fatores ambientais, a poluição atmosférica e o barulho das ruas, interagiram. A poluição tem mais peso na incidência de falência coronariana, mas as mulheres expostas aos dois fatores foram as que apresentaram maior incidência do problema”, disse Youn-Hee Lim, autor sênior do estudo e professor da University of Copenhagen.