G7 concorda que Talibã deve permitir saída do Afeganistão após o dia 31, diz premiê britânico

Países estão correndo contra o tempo para retirar seus cidadãos e também afegãos antes da data, que havia sido anunciada pelo presidente dos EUA. Talibã diz que prazo não será prorrogado. G7 concorda que Talibã deve permitir saída do Afeganistão após o dia 31, diz premiê britânico O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta terça-feira (24) que os países do G7 concordaram que o Talibã deve conceder passagem livre e segura a estrangeiros e afegãos que queiram deixar o Afeganistão após o dia 31. "A condição número um que estamos estabelecendo como G7 é que eles tenham que garantir o caminho certo, até 31 de agosto e além, da passagem segura para aqueles que querem sair", afirmou Johnson após uma reunião virtual de emergência do grupo sobre o Afeganistão. VEJA TAMBÉM: Chefe da CIA teve reunião secreta com líder do Talibã em Cabul Cercado por talibãs, refugiado afegão no Brasil tenta resgatar os filhos no Afeganistão Talibã diz que cercou a única província ainda não dominada e que retomou 3 distritos Riqueza mineral do Afeganistão pode dar ao Talibã trilhões de dólares; entenda O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante entrevista coletiva em Londres em 12 de julho de 2021 Daniel Leal-Olivas/Pool via Reuters ohnson convocou uma reunião de emergência virtual do G7 (grupo que reúne Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá) para discutir a crise no Afeganistão. "Alguns deles dirão que não aceitam isso, alguns deles espero que entendam o sentido disso, porque o G7 tem uma influência muito considerável, econômica, diplomática e política", disse o premiê britânico. Mais cedo, o Talibã reafirmou a sua posição de que não permitirá que tropas estrangeiras permaneçam no Afeganistão após o dia 31, prazo anunciado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, no começo de julho. O porta-voz do grupo extremista, Zabihullah Mujahid, também desencorajou os afegãos a tentar fugir do país pelo aeroporto internacional de Cabul, que tem sido usado para os voos de evacuação. Mujahid disse que as pessoas estão no local ou a caminho dele deveriam voltar para casa, pois o Talibã irá “garantir a segurança delas”. Há controvérsias Apesar da declaração de Johnson, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou após a reunião que o encontro do G7 não resultou em uma extensão do prazo para as evacuações. Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, afirmou ao jornal "Bild" que não é possível retirar todas as pessoas na data estipulada: "Mesmo alguns dias a mais, não será suficiente". Além disso, a imprensa americana diz que Biden aceitou a recomendação do Pentágono de remover as tropas americanas do Afeganistão até o dia 31, mas, ao mesmo tempo, pediu um plano de contingência caso seja necessário permanecer por mais tempo. VEJA TAMBÉM: Chefe de Direitos Humanos da ONU diz ter relatórios confiáveis ​​de execuções do Talibã no Afeganistão Talibãs matam parente de jornalista de televisão alemã no Afeganistão Grupo extremista torturou e massacrou minoria muçulmana em julho, acusa Anistia Internacional Onde fica o Afeganistão e por que o país é geograficamente estratégico para as principais potências mundiais? Reunião da CIA com o Talibã O jornal "The Washington Post" revelou também que o diretor da CIA (agência de inteligência dos EUA), William Burns, se reuniu secretamente em Cabul com Mullah Abdul Ghani Baradar, um dos cofundadores do Talibã e chefe político do grupo extremista (veja no vídeo abaixo). A reunião ocorreu em Cabul, na segunda-feira (23), e é o maior encontro entre o governo Joe Biden e o Talibã desde que os extremistas tomaram a capital afegã e voltou ao poder após 20 anos. Baradar liderou o acordo de paz do Talibã com os EUA, durante o governo Donald Trump, e também negociava um cessar-fogo com o antigo governo afegão, antes da sua queda. Ele havia sido preso em 2010 em Karachi, no sul do Paquistão, e foi libertado em 2018, a pedido de Trump, para participar das negociações de paz. Ironicamente, Baradar ficou preso por oito anos após uma operação conjunta entre a CIA e o governo paquistanês. O confudador do Talibã era próximo ao líder supremo do grupo, Mohammad Omar, que o governo afegão disse ter matado em 2013 e o grupo extremista diz que morreu em 2015. Baradar lutou contra as forças soviéticas durante a ocupação do Afeganistão, na década de 80, e foi governador de várias províncias na década de 90, quando o Talibã governou o país pela primeira vez. Diretor da CIA teve encontro com líder do Talibã, diz Washington Post VÍDEOS: as últimas notícias internacionais

G7 concorda que Talibã deve permitir saída do Afeganistão após o dia 31, diz premiê britânico

Países estão correndo contra o tempo para retirar seus cidadãos e também afegãos antes da data, que havia sido anunciada pelo presidente dos EUA. Talibã diz que prazo não será prorrogado. G7 concorda que Talibã deve permitir saída do Afeganistão após o dia 31, diz premiê britânico O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta terça-feira (24) que os países do G7 concordaram que o Talibã deve conceder passagem livre e segura a estrangeiros e afegãos que queiram deixar o Afeganistão após o dia 31. "A condição número um que estamos estabelecendo como G7 é que eles tenham que garantir o caminho certo, até 31 de agosto e além, da passagem segura para aqueles que querem sair", afirmou Johnson após uma reunião virtual de emergência do grupo sobre o Afeganistão. VEJA TAMBÉM: Chefe da CIA teve reunião secreta com líder do Talibã em Cabul Cercado por talibãs, refugiado afegão no Brasil tenta resgatar os filhos no Afeganistão Talibã diz que cercou a única província ainda não dominada e que retomou 3 distritos Riqueza mineral do Afeganistão pode dar ao Talibã trilhões de dólares; entenda O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante entrevista coletiva em Londres em 12 de julho de 2021 Daniel Leal-Olivas/Pool via Reuters ohnson convocou uma reunião de emergência virtual do G7 (grupo que reúne Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá) para discutir a crise no Afeganistão. "Alguns deles dirão que não aceitam isso, alguns deles espero que entendam o sentido disso, porque o G7 tem uma influência muito considerável, econômica, diplomática e política", disse o premiê britânico. Mais cedo, o Talibã reafirmou a sua posição de que não permitirá que tropas estrangeiras permaneçam no Afeganistão após o dia 31, prazo anunciado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, no começo de julho. O porta-voz do grupo extremista, Zabihullah Mujahid, também desencorajou os afegãos a tentar fugir do país pelo aeroporto internacional de Cabul, que tem sido usado para os voos de evacuação. Mujahid disse que as pessoas estão no local ou a caminho dele deveriam voltar para casa, pois o Talibã irá “garantir a segurança delas”. Há controvérsias Apesar da declaração de Johnson, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou após a reunião que o encontro do G7 não resultou em uma extensão do prazo para as evacuações. Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, afirmou ao jornal "Bild" que não é possível retirar todas as pessoas na data estipulada: "Mesmo alguns dias a mais, não será suficiente". Além disso, a imprensa americana diz que Biden aceitou a recomendação do Pentágono de remover as tropas americanas do Afeganistão até o dia 31, mas, ao mesmo tempo, pediu um plano de contingência caso seja necessário permanecer por mais tempo. VEJA TAMBÉM: Chefe de Direitos Humanos da ONU diz ter relatórios confiáveis ​​de execuções do Talibã no Afeganistão Talibãs matam parente de jornalista de televisão alemã no Afeganistão Grupo extremista torturou e massacrou minoria muçulmana em julho, acusa Anistia Internacional Onde fica o Afeganistão e por que o país é geograficamente estratégico para as principais potências mundiais? Reunião da CIA com o Talibã O jornal "The Washington Post" revelou também que o diretor da CIA (agência de inteligência dos EUA), William Burns, se reuniu secretamente em Cabul com Mullah Abdul Ghani Baradar, um dos cofundadores do Talibã e chefe político do grupo extremista (veja no vídeo abaixo). A reunião ocorreu em Cabul, na segunda-feira (23), e é o maior encontro entre o governo Joe Biden e o Talibã desde que os extremistas tomaram a capital afegã e voltou ao poder após 20 anos. Baradar liderou o acordo de paz do Talibã com os EUA, durante o governo Donald Trump, e também negociava um cessar-fogo com o antigo governo afegão, antes da sua queda. Ele havia sido preso em 2010 em Karachi, no sul do Paquistão, e foi libertado em 2018, a pedido de Trump, para participar das negociações de paz. Ironicamente, Baradar ficou preso por oito anos após uma operação conjunta entre a CIA e o governo paquistanês. O confudador do Talibã era próximo ao líder supremo do grupo, Mohammad Omar, que o governo afegão disse ter matado em 2013 e o grupo extremista diz que morreu em 2015. Baradar lutou contra as forças soviéticas durante a ocupação do Afeganistão, na década de 80, e foi governador de várias províncias na década de 90, quando o Talibã governou o país pela primeira vez. Diretor da CIA teve encontro com líder do Talibã, diz Washington Post VÍDEOS: as últimas notícias internacionais