Nasa seleciona voluntários para dormirem de cabeça para baixo por um mês

Os selecionados deverão comer, fazer exercícios e até mesmo tomar banho de cabeça baixa. "Isso faz com que seus corpos se adaptem como se estivessem no espaço", explica a agência espacial americana. Estudo da Nasa e Alemanha recruta voluntários para dormirem de cabeça para baixo. DLR (Agência Espacial Alemã) A Nasa, agência espacial americana, em parceria com a Agência Espacial Alemã (DLR, em alemão), começará a recrutar voluntários para um estudo sobre os transtornos de sono desenvolvidos em ambientes sem gravidade, como os vividos por astronautas. Os selecionados serão remunerados com 11 mil euros e precisarão dormir em uma cama inclinada. Chamado de "Nasa Bed rest studies" (estudos sobre repouso na cama, em tradução livre), a pesquisa teve início em 2019. Durante os testes, os voluntários precisam dormir por até 70 dias em uma cama inclinada a 6 graus, com a cabeça na parte mais baixa. Os voluntários "devem comer, fazer exercícios e até mesmo tomar banho de cabeça baixa. Isso faz com que seus corpos se adaptem como se estivessem no espaço. Eles são monitorados continuamente para que os pesquisadores entendam como seus corpos mudam e por quê. Os resultados permitem o desenvolvimento de medidas que ajudarão os astronautas em missões espaciais, bem como as pessoas acamadas na Terra", explica o site da Nasa. Veja mais: Como as astronautas lidam com a menstruação no espaço De fraldas e sem banheiro na SpaceX, astronautas retornam de estação espacial após 6 meses em missão Nesta fase da pesquisa, programada para acontecer durante o verão europeu de 2023, os testes irão durar 59 dias, sendo que em 30 deles os voluntários precisarão dormir na cama inclinada. De acordo com o Centro de Pesquisa de Medicina Aeroespacial, da Agência Espacial Alemã, local onde os testes ocorrerão, os voluntários devem ser saudáveis, ter entre 24 a 55 anos e estatura mínima de 153 cm e máxima de 190 cm. O pagamento de 11 mil euros pelos quase dois meses de testes deverão cobrir, segundo a agência alemã, todos os custos dos voluntários no período. Veja o que aconteceu com corpo do astronauta que deu mais de 5400 voltas na Terra Apesar de parecer empolgante contribuir com estudos da Nasa, a agência adverte os aventureiros: "Passar muitos dias na cama pode parecer ótimo, mas a maioria dos participantes concorda que o tédio se instala rapidamente. A rotina diária - tomar banho, vestir-se, comer, fazer exercícios - leva muito tempo quando você não consegue ficar de pé (...) Os participantes são incentivados a definir uma meta, como aprender um novo idioma ou fazer uma aula online. A família e os amigos podem fazer visitas, o que pode ser uma distração bem-vinda", diz texto da Nasa. "cabeça inchada, pernas de pássaro" O site da Nasa explica que, em um ambiente sem gravidade, o fluxo sanguíneo tem dificuldade em mandar o sangue para as pernas, e os fluídos podem se concentrar na cabeça do astronauta, resultando na "síndrome de cabeça inchada, pernas de pássaro", diz o texto. Por que os cientistas já sabem onde procurar vida em Marte Submeter os voluntários a períodos prolongados em uma cama inclinada, ainda de acordo com a agência espacial, permite que os pesquisadores observem os efeitos das mudanças de fluidos no nosso corpo, bem como a perda de massa óssea e muscular frequentemente experimentada pelos astronautas no espaço. "Compreender os efeitos de viver no espaço é fundamental se quisermos enviar humanos a Marte", diz o texto de divulgação do estudo da Nasa.

Nasa seleciona voluntários para dormirem de cabeça para baixo por um mês

Os selecionados deverão comer, fazer exercícios e até mesmo tomar banho de cabeça baixa. "Isso faz com que seus corpos se adaptem como se estivessem no espaço", explica a agência espacial americana. Estudo da Nasa e Alemanha recruta voluntários para dormirem de cabeça para baixo. DLR (Agência Espacial Alemã) A Nasa, agência espacial americana, em parceria com a Agência Espacial Alemã (DLR, em alemão), começará a recrutar voluntários para um estudo sobre os transtornos de sono desenvolvidos em ambientes sem gravidade, como os vividos por astronautas. Os selecionados serão remunerados com 11 mil euros e precisarão dormir em uma cama inclinada. Chamado de "Nasa Bed rest studies" (estudos sobre repouso na cama, em tradução livre), a pesquisa teve início em 2019. Durante os testes, os voluntários precisam dormir por até 70 dias em uma cama inclinada a 6 graus, com a cabeça na parte mais baixa. Os voluntários "devem comer, fazer exercícios e até mesmo tomar banho de cabeça baixa. Isso faz com que seus corpos se adaptem como se estivessem no espaço. Eles são monitorados continuamente para que os pesquisadores entendam como seus corpos mudam e por quê. Os resultados permitem o desenvolvimento de medidas que ajudarão os astronautas em missões espaciais, bem como as pessoas acamadas na Terra", explica o site da Nasa. Veja mais: Como as astronautas lidam com a menstruação no espaço De fraldas e sem banheiro na SpaceX, astronautas retornam de estação espacial após 6 meses em missão Nesta fase da pesquisa, programada para acontecer durante o verão europeu de 2023, os testes irão durar 59 dias, sendo que em 30 deles os voluntários precisarão dormir na cama inclinada. De acordo com o Centro de Pesquisa de Medicina Aeroespacial, da Agência Espacial Alemã, local onde os testes ocorrerão, os voluntários devem ser saudáveis, ter entre 24 a 55 anos e estatura mínima de 153 cm e máxima de 190 cm. O pagamento de 11 mil euros pelos quase dois meses de testes deverão cobrir, segundo a agência alemã, todos os custos dos voluntários no período. Veja o que aconteceu com corpo do astronauta que deu mais de 5400 voltas na Terra Apesar de parecer empolgante contribuir com estudos da Nasa, a agência adverte os aventureiros: "Passar muitos dias na cama pode parecer ótimo, mas a maioria dos participantes concorda que o tédio se instala rapidamente. A rotina diária - tomar banho, vestir-se, comer, fazer exercícios - leva muito tempo quando você não consegue ficar de pé (...) Os participantes são incentivados a definir uma meta, como aprender um novo idioma ou fazer uma aula online. A família e os amigos podem fazer visitas, o que pode ser uma distração bem-vinda", diz texto da Nasa. "cabeça inchada, pernas de pássaro" O site da Nasa explica que, em um ambiente sem gravidade, o fluxo sanguíneo tem dificuldade em mandar o sangue para as pernas, e os fluídos podem se concentrar na cabeça do astronauta, resultando na "síndrome de cabeça inchada, pernas de pássaro", diz o texto. Por que os cientistas já sabem onde procurar vida em Marte Submeter os voluntários a períodos prolongados em uma cama inclinada, ainda de acordo com a agência espacial, permite que os pesquisadores observem os efeitos das mudanças de fluidos no nosso corpo, bem como a perda de massa óssea e muscular frequentemente experimentada pelos astronautas no espaço. "Compreender os efeitos de viver no espaço é fundamental se quisermos enviar humanos a Marte", diz o texto de divulgação do estudo da Nasa.