Problemas com gases afetam a maioria dos adultos

De acordo com pesquisa, mais de 80% das pessoas sentem algum tipo de desconforto diariamente O assunto não é dos mais agradáveis, mas o problema não conhece fronteiras: estudos mostram que, em média, um adulto pode expelir gases 20 vezes por dia. De acordo com pesquisa apresentada no UEG Week Virtual, evento internacional de gastroenterologia ocorrido mês passado, oito em cada dez adultos relatam sintomas relacionados à flatulência com frequência quase diária. A questão é que, embora soltar puns seja considerado um processo normal do organismo, está longe de ser socialmente aceitável. O resultado? Tais manifestações estão associadas a uma pior qualidade de vida, ansiedade, estresse e até depressão. Gases: mais de 80% das pessoas sentem algum tipo de desconforto diariamente Mabel Amber para Pixabay Os gases intestinais, ou flatos, encabeçam a lista: 81.3% dos entrevistados reclamaram dos seus puns. Os constrangedores roncos da barriga ficaram em segundo lugar, com 60.5% das citações. Em terceiro, vieram os arrotos (58%), seguidos por mau hálito (48.1%), sensação de estufamento abdominal (47.2%) e inchaço do abdômen (39.6%). Somente 11% afirmaram não sentir nada. O levantamento ouviu 6 mil pessoas, entre 18 e 99 anos, nos Estados Unidos, Reino Unido e México. Na média, os participantes haviam sido afetados por cerca de três sintomas diferentes nas últimas 24 horas. O trabalho foi conduzido por cientistas do Rome Foundation Research Institute, que encontraram uma correlação entre um alto índice de queixas e um impacto negativo na qualidade de vida, principalmente no grupo entre 18 e 49 anos. No mesmo evento da UEG (United European Gastroenterology), organização que reúne 30 mil profissionais da gastroenterologia, um outro estudo apontou que 11% da população mundial experimentam, com frequência, dor abdominal depois das refeições. Mais de 54 mil pessoas, de 26 países, foram entrevistadas on-line, e o desconforto era mais comum na faixa entre 18 e 28 anos. Os que sempre sentiam dor ainda enfrentavam incômodos como sensação de estufamento e abdômen inchado. Esse grupo era também o que apresentava maior sofrimento psicológico: 36% dos pacientes tinham ansiedade, enquanto o percentual caía para 25% entre os relatavam sintomas ocasionais e 18% entre os assintomáticos. A chave para resolver o mal-estar está numa dieta com o objetivo de diminuir a flatulência, já que não é possível eliminá-la totalmente. No caso das leguminosas (feijão, lentilhas, ervilhas), o melhor é deixar os grãos de molho durante a noite antes de cozinhá-los. A maior parte dos gases é produzida no intestino por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. No intestino, que não produz enzimas para digerir esses alimentos, eles acabam sendo fermentados por bactérias, processo que produz e libera os gases. Mastigue bem, beba bastante líquido e não fale muito durante as refeições, para diminuir o volume de ar deglutido. Por último, nosso mantra: caminhe, exercite-se!

Problemas com gases afetam a maioria dos adultos

De acordo com pesquisa, mais de 80% das pessoas sentem algum tipo de desconforto diariamente O assunto não é dos mais agradáveis, mas o problema não conhece fronteiras: estudos mostram que, em média, um adulto pode expelir gases 20 vezes por dia. De acordo com pesquisa apresentada no UEG Week Virtual, evento internacional de gastroenterologia ocorrido mês passado, oito em cada dez adultos relatam sintomas relacionados à flatulência com frequência quase diária. A questão é que, embora soltar puns seja considerado um processo normal do organismo, está longe de ser socialmente aceitável. O resultado? Tais manifestações estão associadas a uma pior qualidade de vida, ansiedade, estresse e até depressão. Gases: mais de 80% das pessoas sentem algum tipo de desconforto diariamente Mabel Amber para Pixabay Os gases intestinais, ou flatos, encabeçam a lista: 81.3% dos entrevistados reclamaram dos seus puns. Os constrangedores roncos da barriga ficaram em segundo lugar, com 60.5% das citações. Em terceiro, vieram os arrotos (58%), seguidos por mau hálito (48.1%), sensação de estufamento abdominal (47.2%) e inchaço do abdômen (39.6%). Somente 11% afirmaram não sentir nada. O levantamento ouviu 6 mil pessoas, entre 18 e 99 anos, nos Estados Unidos, Reino Unido e México. Na média, os participantes haviam sido afetados por cerca de três sintomas diferentes nas últimas 24 horas. O trabalho foi conduzido por cientistas do Rome Foundation Research Institute, que encontraram uma correlação entre um alto índice de queixas e um impacto negativo na qualidade de vida, principalmente no grupo entre 18 e 49 anos. No mesmo evento da UEG (United European Gastroenterology), organização que reúne 30 mil profissionais da gastroenterologia, um outro estudo apontou que 11% da população mundial experimentam, com frequência, dor abdominal depois das refeições. Mais de 54 mil pessoas, de 26 países, foram entrevistadas on-line, e o desconforto era mais comum na faixa entre 18 e 28 anos. Os que sempre sentiam dor ainda enfrentavam incômodos como sensação de estufamento e abdômen inchado. Esse grupo era também o que apresentava maior sofrimento psicológico: 36% dos pacientes tinham ansiedade, enquanto o percentual caía para 25% entre os relatavam sintomas ocasionais e 18% entre os assintomáticos. A chave para resolver o mal-estar está numa dieta com o objetivo de diminuir a flatulência, já que não é possível eliminá-la totalmente. No caso das leguminosas (feijão, lentilhas, ervilhas), o melhor é deixar os grãos de molho durante a noite antes de cozinhá-los. A maior parte dos gases é produzida no intestino por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. No intestino, que não produz enzimas para digerir esses alimentos, eles acabam sendo fermentados por bactérias, processo que produz e libera os gases. Mastigue bem, beba bastante líquido e não fale muito durante as refeições, para diminuir o volume de ar deglutido. Por último, nosso mantra: caminhe, exercite-se!