Primeira fase da Unicamp exigiu leitura atenta, raciocínio lógico e atualidades, analisam cursinhos

Vestibular teve 72 questões e foi feito por 60,2 mil candidatos. As provas da 2ª fase serão nos dias 3 e 4 de dezembro Candidatos concentrados durante a prova da 1ª fase da Unicamp Leandro Ferreira/ g1 A prova da 1ª fase da Unicamp, aplicada neste domingo (29), veio reforçar o padrão da universidade de buscar um aluno atualizado, capaz de interpretar textos e fazer correlações, na opinião de coordenadores de cursinhos da região de Campinas (SP) ouvidos pelo g1. ???? VESTIBULOU: Receba no WhatsApp notícias sobre os principais vestibulares do país Um dos destaques foi a importância da leitura tanto do enunciado quanto dos textos de referência, que em algumas casos foi o suficiente para a solução das questões. Questões sobre imagem falsa do Papa e termo 'nevou' rendem memes Chat GPT, Papa, Guardiões da Galáxia: o que caiu na prova Veja como foi a cobertura do g1 da 1ª fase FOTOS: as imagens da 1ª fase do exame GABARITO EXTRAOFICIAL: veja a correção comentada da 1ª fase do vestibular Candidatos realizam 1ª fase de provas da Unicamp em Campinas Leandro Ferreira/ g1 Objetivo Para o coordenador do Ensino Médio do Colégio Objetivo, Carlos Ramanho, a Unicamp manteve a tradição de uma prova atualizada, trazendo temas como racismo, fake news, inteligência artificial, saúde, e que busca um aluno com senso crítico. “As mudanças anunciadas pela Comvest, aumentando o número de questões de Ciências Humanas, contribuíram para reforçar o perfil da prova, que busca selecionar o aluno que não apenas consegue interpretar um texto, mas também refletir sobre como ele afeta a sociedade atual”, afirmou. Na análise do coordenador a prova não trouxe surpresas aos alunos. “Analisando cada disciplina, a prova se manteve coerente em relação aos últimos anos. As questões foram contextualizadas, mas com enunciados objetivos e claros sobre o que estavam pedindo para o estudante”, disse. Oficina do Estudante Na avaliação do diretor pedagógico do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, Wander Azanha, a prova foi bem escrita e sem polêmicas e interessante para os alunos. Ele destacou uma questão de matemática sobre lógica, que não dependia de teoria. “Uma questão um pouquinho mais chata para os alunos, porque como envolve lógica, não se ensina lógica, né? O cara tem que ler a questão e não viajar demais com o texto. Essa que é a ideia.” Ele também salientou a atualidade da prova, que tratou sobre desigualdade social, racismo e causa indígena. Também destacou a prova de inglês, com vários gêneros textuais: “Prova muito legal, muito bem escrita.” E sobre a quantidade de textos na prova de química: “Tratou sobre muitas leituras de gráficos. Isso é importante demais para o aluno, mas textos curtos, diretos, bem escrito.” Anglo O diretor do Curso Anglo, Sérgio Paganim, ressalta os três pilares que vem sendo cada vez mais consolidados nas provas da Unicamp: leitura, estabelecimento de relações e contextualização do conhecimento. “Essa prova consagra um padrão, um estilo de prova que a Unicamp desenvolve e vem aperfeiçoando ano após ano”, afirmou. Ele pontuou que a leitura foi extremamente exigida na prova. “Em filosofia os textos eram suficientes para chegar à resposta, o candidato não precisava de um conhecimento técnico, mas a leitura do texto sobre ética era fundamental para ele conseguir chegar a resposta correta. A prova de química envolvia leitura de imagem e gráficos. Há uma leitura de diferentes gêneros textuais que as diferentes disciplinas escolhem.” Também destacou que as questões exigiram do aluno as conexões entre as diversas áreas do conhecimento. “Uma questão de linguagem pede para analisar o impacto social dos algoritmos e coloca um texto verbal e um texto sincrético , uma tirinha que o candidato precisa fazer a análise destes dois textos. A banca também pede que se analise um trecho de uma notícias sobre uma mulher espancada após um boato em rede social em relação a uma das obras de leitura indicada que é ‘Olhos d’Água’, de Conceição Evaristo.” “As relações entre os textos, entre os tempos, entre visões de mundo, entre textos de gêneros diferentes, entre conhecimentos diferentes é uma marca significativa da prova Unicamp”, analisou. Etapa O coordenador pedagógico do Curso Etapa, João Pitoscio Filho, também reforçou a importância da leitura na prova. “As provas de português e de inglês foram baseadas em muita leitura e interpretação de texto. Na prova de português, das nove leituras obrigatórias, seis foram cobradas.” Nas provas de ciências humanas também houve exigência de uma leitura atenta, em sua opinião. “As questões de Sociologia e Filosofia foram baseadas em temas e textos clássicos e conhecidos, de autores como Aristóteles, Durkheim e Epicuro, e abordaram assuntos como desigualdade e cidadania.” Ele destacou que a prova de Matemática manteve o padrão de anos anteriores, com enunciados claros e diretos, mas não explorou assuntos considerados clássicos, como trigonometria e geometria analítica e espa

Primeira fase da Unicamp exigiu  leitura atenta, raciocínio lógico e atualidades, analisam cursinhos

Vestibular teve 72 questões e foi feito por 60,2 mil candidatos. As provas da 2ª fase serão nos dias 3 e 4 de dezembro Candidatos concentrados durante a prova da 1ª fase da Unicamp Leandro Ferreira/ g1 A prova da 1ª fase da Unicamp, aplicada neste domingo (29), veio reforçar o padrão da universidade de buscar um aluno atualizado, capaz de interpretar textos e fazer correlações, na opinião de coordenadores de cursinhos da região de Campinas (SP) ouvidos pelo g1. ???? VESTIBULOU: Receba no WhatsApp notícias sobre os principais vestibulares do país Um dos destaques foi a importância da leitura tanto do enunciado quanto dos textos de referência, que em algumas casos foi o suficiente para a solução das questões. Questões sobre imagem falsa do Papa e termo 'nevou' rendem memes Chat GPT, Papa, Guardiões da Galáxia: o que caiu na prova Veja como foi a cobertura do g1 da 1ª fase FOTOS: as imagens da 1ª fase do exame GABARITO EXTRAOFICIAL: veja a correção comentada da 1ª fase do vestibular Candidatos realizam 1ª fase de provas da Unicamp em Campinas Leandro Ferreira/ g1 Objetivo Para o coordenador do Ensino Médio do Colégio Objetivo, Carlos Ramanho, a Unicamp manteve a tradição de uma prova atualizada, trazendo temas como racismo, fake news, inteligência artificial, saúde, e que busca um aluno com senso crítico. “As mudanças anunciadas pela Comvest, aumentando o número de questões de Ciências Humanas, contribuíram para reforçar o perfil da prova, que busca selecionar o aluno que não apenas consegue interpretar um texto, mas também refletir sobre como ele afeta a sociedade atual”, afirmou. Na análise do coordenador a prova não trouxe surpresas aos alunos. “Analisando cada disciplina, a prova se manteve coerente em relação aos últimos anos. As questões foram contextualizadas, mas com enunciados objetivos e claros sobre o que estavam pedindo para o estudante”, disse. Oficina do Estudante Na avaliação do diretor pedagógico do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, Wander Azanha, a prova foi bem escrita e sem polêmicas e interessante para os alunos. Ele destacou uma questão de matemática sobre lógica, que não dependia de teoria. “Uma questão um pouquinho mais chata para os alunos, porque como envolve lógica, não se ensina lógica, né? O cara tem que ler a questão e não viajar demais com o texto. Essa que é a ideia.” Ele também salientou a atualidade da prova, que tratou sobre desigualdade social, racismo e causa indígena. Também destacou a prova de inglês, com vários gêneros textuais: “Prova muito legal, muito bem escrita.” E sobre a quantidade de textos na prova de química: “Tratou sobre muitas leituras de gráficos. Isso é importante demais para o aluno, mas textos curtos, diretos, bem escrito.” Anglo O diretor do Curso Anglo, Sérgio Paganim, ressalta os três pilares que vem sendo cada vez mais consolidados nas provas da Unicamp: leitura, estabelecimento de relações e contextualização do conhecimento. “Essa prova consagra um padrão, um estilo de prova que a Unicamp desenvolve e vem aperfeiçoando ano após ano”, afirmou. Ele pontuou que a leitura foi extremamente exigida na prova. “Em filosofia os textos eram suficientes para chegar à resposta, o candidato não precisava de um conhecimento técnico, mas a leitura do texto sobre ética era fundamental para ele conseguir chegar a resposta correta. A prova de química envolvia leitura de imagem e gráficos. Há uma leitura de diferentes gêneros textuais que as diferentes disciplinas escolhem.” Também destacou que as questões exigiram do aluno as conexões entre as diversas áreas do conhecimento. “Uma questão de linguagem pede para analisar o impacto social dos algoritmos e coloca um texto verbal e um texto sincrético , uma tirinha que o candidato precisa fazer a análise destes dois textos. A banca também pede que se analise um trecho de uma notícias sobre uma mulher espancada após um boato em rede social em relação a uma das obras de leitura indicada que é ‘Olhos d’Água’, de Conceição Evaristo.” “As relações entre os textos, entre os tempos, entre visões de mundo, entre textos de gêneros diferentes, entre conhecimentos diferentes é uma marca significativa da prova Unicamp”, analisou. Etapa O coordenador pedagógico do Curso Etapa, João Pitoscio Filho, também reforçou a importância da leitura na prova. “As provas de português e de inglês foram baseadas em muita leitura e interpretação de texto. Na prova de português, das nove leituras obrigatórias, seis foram cobradas.” Nas provas de ciências humanas também houve exigência de uma leitura atenta, em sua opinião. “As questões de Sociologia e Filosofia foram baseadas em temas e textos clássicos e conhecidos, de autores como Aristóteles, Durkheim e Epicuro, e abordaram assuntos como desigualdade e cidadania.” Ele destacou que a prova de Matemática manteve o padrão de anos anteriores, com enunciados claros e diretos, mas não explorou assuntos considerados clássicos, como trigonometria e geometria analítica e espacial. "Destaque para a questão 55 das provas Q e Y, que envolveu linguagem matemática, exigindo que os estudantes tivessem raciocínio lógico para chegar à resposta", afirmou. Para ele, a prova de química, física e biologia mesclou questões diretas envolvendo temas básicos do ensino médio e questões interdisciplinares, que exigiram sólido conhecimento dos candidatos. A prova de química apresentou muitos gráficos para interpretação dos estudantes. Ele considerou que houve complexidades diferentes, comparando geografia e história. “Em história, houve temas relacionados à inteligência artificial e manipulação de informação e assuntos relacionados à natureza. Em geografia, das sete questões, quatro foram de geografia física, área que tem aparecido cada vez mais nos vestibulares.” Conteúdo da prova A prova da Unicamp trouxe 72 questões: 12 de língua portuguesa e literatura 12 de matemática 7 de biologia 7 de física 7 de geografia 7 de história 7 de inglês 7 de química 3 de filosofia 3 de sociologia Próximas etapas A lista de convocados para a 2ª fase do vestibular está prevista para ser divulgada em 23 de novembro, informou a Comvest. As provas da 2ª fase do processo seletivo serão nos dias 3 e 4 de dezembro. O calendário foi definido de maneira conjunta entre responsáveis pelos vestibulares das universidades públicas de São Paulo, para evitar que datas coincidam e ainda facilitar a participação de candidatos nos exames. A primeira lista de aprovados será divulgada em janeiro de 2024, com matrícula on-line entre os dias 30 e 31 do mesmo mês. O semestre letivo começa no mês de março e a Unicamp prevê até oito chamadas.